Romualdo Lopes Galvão

Ana Tersuliano
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05/01/2025 às
18:10

Período Mandato: 31/08/1909 a 01/01/1916

Nascido em 07 de fevereiro de 1853, na cidade de Campo Grande/RN,
município do Médio Oeste potiguar, próximo ao rio Piranhas, cedo ainda,
Romualdo Galvão mudou-se para Mossoró. Aos trinta anos de idade, ele encontrava-se
em Fortaleza, casando-se no dia 05/12/1882 com Amélia Dantas de Souza Melo,
conhecida como Dona Sinhá. Por essa época, o Ceará vivia em plena efervescência,
com a campanha pela libertação dos escravos, e esse entusiasmo o contagiou.

Regressando os recém-casados a Mossoró, cuidaram, ainda na primeira
quinzena de dezembro do mesmo ano, de difundirem entre os seus conterrâneos, o
entusiasmo dos cearenses, pela causa da libertação, manifestada através de uma
carta enviada pela Maçonaria de Fortaleza à Loja 24 de Junho, de Mossoró. Logo,
todos os mossoroenses estavam envolvidos pela mesma aura de civismo que
empolgava o Ceará, na libertação dos escravos negros.

Essa libertação viria a acontecer no dia 30 de setembro de 1883, a
grande data cívica de Mossoró, dez meses após o regresso de Romualdo, do Ceará.

Na condição de Intendente, de 1883 a 1886, ele teve papel preponderante
em todo movimento abolicionista, desde o início, quando trouxe do Ceará para
sua cidade os ideais de libertação dos escravos, fundando a Libertadora
Mossoroense, em 1883, da qual viria a ser Vice-Presidente, até o telegrama
desabusado enviado ao Imperador do Brasil a 30 de setembro de 1883, nos
seguintes termos: “Imperador Pedro Segundo, Corte. – Mossoró acaba
libertar seus escravos, embora contra a vontade de Vossa Majestade – (a) Almino
Álvares Afonso. (a) Romualdo Lopes Galvão”.

Romualdo voltaria a ocupar a Intendência de Mossoró no período de 1892 a
1895, sempre esforçado e honesto, batalhando pelas causas e pelos interesses de
Mossoró e de seu povo.

Em 1889, falece sua esposa e companheira de abolicionismo, Dona Sinhá,
aos 25 anos de idade.

Nas primeiras décadas de 1900, o grande abolicionista está em Natal, onde,
segundo Raimundo Soares de Brito, “continuou a exercer suas atividades
comerciais, como sócio da Farmácia Monteiro, para ali também transferida. Em
Natal, além de comerciante, desenvolveu atividades políticas, foi Presidente da
Câmara Municipal, Deputado Estadual em duas legislaturas e Diretor do Banco do
Natal”.

De suas atividades em Natal, além de haver exercido temporariamente a
presidência da Intendência Municipal, relata Jaime Wanderley o fato da cessão
feita por Romualdo Galvão, posteriormente transformada numa doação, no ano de
1920 do terreno onde se construiu o campo de futebol do ABC, atual Estádio
“Juvenal Lamartine”.

Romualdo Galvão foi o sexto presidente da
Intendência Municipal de Natal, durante o período da República, exercendo o
cargo de 31/08/1909 a 01/01/1916. Foi nomeado pelo presidente do Estado,
Alberto Maranhão. Era membro do Partido Republicano Potiguar (PRP).

Romualdo Galvão foi comerciante, político e
abolicionista. Seu nome foi dado a uma avenida em Natal. Faleceu em sua
chácara, localizada na avenida Hermes da Fonseca, onde hoje se encontra o
Instituto Maria Auxiliadora, no dia 1º de agosto de 1927.

Fonte:
Livro
400 Nomes de Natal

Wikipédia:
Lista de prefeitos de Natal (Rio Grande do Norte)

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