ORIGEM DO NOME – A tonalidade luminosa e especial das areias existentes no trecho litorâneo situado entre os locais denominados “Gado Bravo’ e “Pernambuquinho” deu nome à Praia das Areias Alvas.
ASPECTOS – Praia com faixa larga de areia luminosa e águas calmas portando ondas suaves e espumantes. Destacam-se aí dois cajueiros enormes (cada um com aproximadamente 3.000 metros quadrados), plantados no século XVIII, localizados entre a pancada do mar e a estrada que liga Areias Alvas a Pernambuquinho.
HISTÓRICO – Há um termo de doação por sesmarias, ao coronel Gonçalo da Costa Faleiros, datado de junho de 1708, referente às terras a partir do Morro de Tibau para o sul, incluindo o local hoje denominado “Areias Alvas”.
Por volta de 1870, o casal José Estevão da Silva e María Benvinda da Silva ergueu o primeiro palhal do núcleo central da povoação da Praia das Areias Alvas. Curiosamente, cento e trinta anos depois, o filho do casal precursor completou cem anos habitando e cuidando da morada original.
No dia 17 de julho de 1920, o Rio Grande do Norte depois de três acórdãos do Supremo Tribunal Federal reconquistou definitivamente o município de Grossos, onde está localizada “Areias Alvas”, para o Estado do Rio Grande do Norte. A Decisão “firma os incontestáveis direitos do Rio Grande do Norte, à área territorial que se estende entre a linha ideal que continua a do divortium aquarum proveniente das serras do sul, até alcançar o Morro do Tibau, insignificantemente promotório à beira do atlântico, cinco lagoas ao norte da barra do río Mossoró, em Areia Branca”.
A igreja de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro é obra do início do século XXI, sob os cuidados de Veronilde Caetano da Silva e as benevolências de Maria Maia e Chico Meia-noite.
CURIOSIDADE – O vilarejo de Areias Alvas é também conhecido como “a terra dos gigantes”, em razão de cajueiros extraordinariamente desenvolvidos, cultivados nos terrenos do pescador Francisco de Assis Pereira e na porção de terra de propriedade do agricultor Pedro Estevão, respectivamente. Curiosamente, os nativos costumam retirar as cascas das árvores gigantes para utilizá-las em chás considerados milagrosos na cura de várias doenças, aproveitando também os cajus (haste tuberizada do cajueiro) para a confecção de deliciosos doces, além da castanha (fruto do cajueiro) para cozinhar.
LENDA – No extremo sul da Praia das Areias Alvas está situado o local denominado “Mata Cavalos”. O topónimo faz alusão à crença dos antigos de que existia ali uma besta que matava os cavalos que conduziam o sal em balaios feitos de cipós. Acredita-se que a “Lenda do Mata Cavalos” servia apenas para causar prejuízo aos negociantes do sal das Areias Alvas.
A Praia das Areias Alvas está localizada a 345 km de Natal, no município de Grossos (RN), com acesso pelas rodovias BR-304 e RN-013.
Pesquisa e Edição: Ricardo Tersuliano – Historiador Independente – e-mail: ricardotersuliano@yahoo.com.br
Livro: Praias Potiguares – Miguel Dantas
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Respostas de 3
Boa noite meu amigo Cobra!
Só uma observação:
Como um coqueiro tem 3.000 metros quadrados???
Me explica isso aí!
Um abraço e parabéns pelo Blog.
Meu amigo João Lucas não é coqueiro e sim cajueiro
Boa noite Cobra!
Tá certo amigo. Li tão rápido e vi a foto com o coqueiro e me confundi. Me desculpa a minha falha.
Um abraço!